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História
A história da Bulgária como um Estado independente, começou no século VII, com a chegada dos búlgaros, e a fundação do Primeiro Império Búlgaro, reconhecido em 681 pelo Império Bizantino.
O primeiro Estado búlgaro formou-se ao final do século VII. O rei Bóris I foi batizado, assim convertendo todos seus súditos no ano 800. Nos séculos seguintes, entrou em guerra contra o Império Bizantino por diversas vezes, para garantir a sua existência. Porém, não logrou resistir à invasão do Império Otomano, ocorrida ao final do século XIV.
A revolta contra o Império Otomano que eclodiu na Bósnia em 1875 foi prorrogada para a Bulgária no próximo ano. Os turcos desencadearam uma brutal repressão, que envolveu os bachibozuks, que fizeram inúmeros massacres e devastaram o país. Outros países europeus ficaram indignados e denunciaram a brutalidade e os "horrores búlgaros." O sultão otomano se recusou a conceder autonomia para a Bulgária, assim, a Rússia Imperial declarou guerra aos otomanos em 1877 e invadiu o país com o apoio da legião romena e búlgara. Em janeiro de 1878, os exércitos russos chegaram as portas de Constantinopla.
O Tratado de Santo Estêvão (3 de março de 1878) estabelecia a criação de um grande principado autónomo da Bulgária e o desmantelamento dos territórios do Império Otomano. A Áustria-Hungria e a Grã-Bretanha receavam que isto romperia o equilíbrio nos Balcãs e, o Congresso de Berlim (julho de 1878), sob a supervisão de Otto von Bismarckdo Império Alemão e Benjamin Disraeli da Grã-Bretanha, revisou o tratado anterior, e impôs à Rússia um tratado em que o equilíbrio foi mantido à custa das aspirações nacionais búlgaras: o principado autónomo da Bulgária é mantido, porém muito reduzido. Este Estado deveria estar sob soberania nominal otomana mas seria governado por um príncipe eleito por um congresso de notáveis búlgaros e aprovado pelas grandes potências. Eles insistiam que o príncipe não poderia ser um russo, mas em um compromisso foi escolhido o príncipe Alexandre de Battenberg, um sobrinho do czar Alexandre II. Uma província otomana autônoma sob o nome de Rumélia Oriental foi criada. Os búlgaros da Macedônia e da Trácia oriental ficaram sob o domínio do sultão. Alguns territórios búlgaros também foram dados para a Sérvia e para a Romênia.
Embora o Tratado de Santo Estevão nunca tenha sido materializado além do papel, se tornou uma referência para os nacionalistas búlgaros, pois refere-se ao antigo reino de Simeão I. Nas décadas seguintes, a Bulgária conseguiu nomear bispos búlgaros na Macedónia (em poder otomano durante este tempo.)
Em 1879, mediante uma assembleia constituinte na cidade de Tarnovo, a Bulgária adotou uma constituição (muito democrática para a época, mas raramente foi aplicada) e elegeu o príncipe Alexander de Battenberg, um sobrinho da imperatriz da Rússia. Na província da Rumélia Oriental as potências europeias elaboraram um estatuto orgânico do Congresso de Berlim. Foi nomeado um governador em nome do sultão otomano e foi aceita pela assembleia. As ambições nacionalistas não estavam satisfeitas com a autonomia e se estenderam aos territórios búlgaros que continuavam a pertencer ao Império Otomano: em 1885, o exército da Bulgária ocupou a província da Rumélia Oriental, ao mesmo tempo em que houve a deflagração de uma guerra contra a Sérvia, em que os búlgaros foram vitoriosos. Logo após, o rei Alexandre I da Bulgária deixou o conselho de ministros russos, o que levou à intervenção da Rússia em retaliação e defesa de sua influência. Os russos organizaram um complô militar contra o rei búlgaro. Apesar do apoio dos nacionalistas, Alexandre I foi forçado a abdicar devido a uma conspiração orquestrada pelo governo russo. Stefan Stambolov tomou o poder e uma assembleia búlgara elegeu em 1887 um novo príncipe: Fernando de Saxe-Coburgo, que em 1894 conseguir derrubar Stambolov, que havia estabelecido uma ditadura (e que foi assassinado em 1895). Os búlgaros deixados fora do principado recém-unido continuaram a sua luta para se juntar a Bulgária e o resultado foi a revolta de 1903. A revolta conseguiu acrescentar alguns territórios habitados pelos búlgaros a Bulgária. Em 22 de setembro de 1908, com o apoio do imperador da Áustria-Hungria, Fernando I proclamou a independência da Bulgária em Tarnovo e obteve o título de tzar.